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Os benefícios do Slackline, Segundo Profissionais de Saúde

  • Foto do escritor: Pietro Barreto
    Pietro Barreto
  • 21 de jan. de 2016
  • 4 min de leitura

Os benefícios do slackline.

Atleta Hallan Garcia de Foz do Iguaçu Foto: Marcos Labanca

O Slackline é um esporte que vem atraindo adeptos a cada dia aqui no Brasil. Por ser um esporte ainda muito novo, estabelecido como prática esportiva ainda nos anos 80, pouco se sabe sobre os reais benefícios que o esporte tráz para um atleta, bem como os cuidados que eles devem ter para evitar lesões durante a prática.

Por este motivo, a Revista Universo SLACK resolveu aprofundar as pesquisas sobre o assunto, conversando com profissionais de diversas áreas relacionadas ao esporte e à saúde do corpo humano a fim de comprovar os benefícios que muitos praticantes de slackline já sentem no dia a dia.

Algumas pessoas, ao terem um primeiro contato com o slackline chegam a imaginar que se trata apenas de uma brincadeira. Pode até parecer que o praticante está ali apenas para se divertir, mas além de muito divertido o slackline pode ser considerado uma prática esportiva muito completa.

Segundo o preparador físico, Eric Volupe, a intensidade da prática pode variar muito de acordo com a duração dos treinos e o número de repetições realizadas durante o exercício. Mas em média, um praticante gasta 700 calorias durante o treino, podendo aumentar muito este número se o praticante for adepto do Trickline, vertente do esporte com maior grau de exigência, onde saltos e giros são realizados o tempo todo.

Sobre os músculos mais exigidos durante os treinos, Eric diz: “O CORE é o principal grupamento muscular exigido, membros inferiores (quadríceps e superiores, principalmente os ombros.)”.

Por consequência de sua alta intensidade, alguns cuidados precisam ser tomados pelos praticantes com intuito de evitar lesões, como alongamento e o treinamento de alguns exercícios de base.

Vale lembrar que o slackline por si só já é um exercício que auxilia na prevenção de lesões, principalmente nas articulações dos membros inferiores como ressalta Eric. – “a prática do slackline proporciona uma instabilidade bastante acentuada nos joelhos e principalmente nos tornozelos. Desta forma, os mecanoreceptores, que são os proprioceptores localizados nas articulações, ficam muito treinados a reposicionar a articulação. Com isso o praticante estará mais seguro em relação a entorses de joelho e tornozelo”.

E é justamente isso que nos explicou o Fisioterapeuta, Nelson Bissagio:

-- Em qualquer atividade, quando nós movimentamos qualquer parte do corpo, os grupamentos musculares envolvidos se dividem entre aqueles que de fato realizam o movimento, os que vão auxiliar ou estabilizar esse movimento e os que se opõem a esse movimento.

Chamamos de agonistas os músculos que realizam o movimento, de sinergistas os músculos que auxiliam e estabilizam o movimento e de antagonistas os que se opõem. Um perfeito funcionamento entre esses grupos musculares (agonistas, sinergistas e antagonistas), compõe forte fator de proteção contra torções articulares, principalmente de tornozelo e joelhos (articulações mais acometidas por torções de origem não traumáticas). Daí a preocupação quando surge um desequilíbrio muscular numa mesma articulação (músculos anteriores e posteriores de coxa em relação ao joelho, por exemplo). Soma-se a isso como fator de proteção, a capacidade do organismo de se “detectar” no espaço, na forma estática, mas principalmente na forma dinâmica. Essa capacidade recebe o nome de propriocepção.

Ou seja, o slacker quando sobe na fita, recebe inúmeros estímulos proprioceptivos, exigindo uma otimização no uso da musculatura agonista, sinergista e antagonista, e quanto mais ele desenvolve sua habilidade de se manter sobre a fita, mais desenvolve a capacidade de responder a um estímulo, e quanto mais rápido consegue reagir a um estímulo, mais tempo consegue ficar sobre a fita, gerando um ciclo virtuoso onde, ao final, o praticante estará mais protegido de lesões torcionais não traumáticas.

Ainda segundo o fisioterapeuta, o mesmo pensamento também pode ser traçado partindo de outra perspectiva: uma pessoa que tenha tido alguma lesão articular, realizado alguma cirurgia, ou que sofra de torções frequentes de tornozelo e joelho, pode, partindo da pratica do slackline reabilitar o funcionamento harmônico entre agonista/sinergista/antagonista e readquirir a capacidade proprioceptiva de responder aos estímulos. Tornando a prática do slackline um excelente reabilitador proprioceptivo.

Atleta João Vitor Rossoni ensinando o equilibrio em Juiz de Fora

Outro aspecto a ser observado, são os benefícios que o aperfeiçoamento do equilíbrio trás para as pessoas, principalmente para as crianças que estão em fase de desenvolvimento. Segundo Merilyn Brandel, fisioterapeuta especialista em pediatria e neonatologia, uma criança com alterações no equilíbrio está predisposta a ter seu desenvolvimento motor atrasado, uma vez que terá mais dificuldade para se locomover, mudar de posturas e explorar o ambiente. Com a dificuldade em explorar o ambiente, a criança pode apresentar atraso cognitivo, o que dificulta a sua capacidade em raciocínio e resolução de problemas. Além disso, a alteração do equilíbrio faz com que a criança esteja mais sujeita a quedas, que é a maior causa de traumatismos na infância.

Para Merilyn “É importante que a criança aperfeiçoe o equilíbrio, a fim de que tenha um adequado desenvolvimento motor, bem como cognitivo. Nisso, o slackline pode ser um excelente meio para que a criança assim o faça, já que a sua prática proporciona estímulos que vão ajudar no desenvolvimento do equilíbrio, no ganho de agilidade, destreza, coordenação motora e consciência corporal fazendo com que o desenvolvimento da criança seja estimulado.”

Estes benefícios também se estendem a pessoas de todas as idades. Segundo a fisioterapeuta, o corpo humano, a partir dos 30 anos, começa a sofrer declínio no que diz respeito a funções motoras e cognitivas. Nos idosos essas alterações são ainda mais evidentes, além de contar com o aparecimento de doenças crônicas naturais do envelhecimento. Esses fatores associados contribuem para a alteração do equilíbrio. A diminuição do equilíbrio torna o idoso mais susceptível a quedas, o que é uma das maiores causas de imobilidade e perda de função nos idosos. Assim, usar estratégias para favorecer e aperfeiçoar o equilíbrio no idoso é de vital importância, fazendo com que estes se tornem mais funcionais, diminuam o risco de quedas e com isso melhore a qualidade de vida e o bem-estar.

Atleta Mariane Tavares em Caraguatatuba

Já deu para perceber que são muitos os benefícios físicos e mentais da prática do esporte. Terminamos esta matéria então com uma pergunta: o que você está esperando para se exercitar divertindo, para relaxar a mente e trabalhar o corpo e de quebra usufruir de todos os benefícios físicos e mentais que a pratica do esporte trás na vida de uma pessoa?

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